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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Política do ‘venha a nós’ do PT começa a incomodar aliados e terá impacto em 2018

As razões para a rebelião do PP contra o governo do estado, cujos detalhes foram publicados na última sexta-feira (29) pelo Bahia Notícias, mostram que a configuração do jogo político do PT começa a dar sinais de desgaste também no plano estadual. Nos bastidores sabe-se que, desde que os petistas chegaram ao Palácio do Planalto, a estratégia de ocupar o máximo dos espaços possível dentro da máquina estatal controlada pelo partido é levada à risca.

 Não que seja uma ação exclusiva do PT, já que os sucessivos escândalos apontam que outras siglas como PP, PMDB, PSDB e DEM também trabalhavam com o loteamento do governo. É que a troca de cargos por interesses passou a ser mais escancarada – ou mais noticiada ao longo dos últimos anos. Após 14 anos hegemônico no plano federal, o PT foi obrigado pela queda de Dilma Rousseff a realocar aliados aos locais de origem.

 A Bahia, que ainda era um ninho forte do petismo no Brasil, foi um dos destinos mais certos para esses “companheiros”. Vide, por exemplo, a nomeação do ex-ministro Jaques Wagner para funções estatais logo após o fim da quarentena. Porém, para readequar os espaços para o partido, o governador Rui Costa acabou também obrigado a mexer nas arrumações internas das correntes petistas para não deixar fieis aliados desamparados.

 A tensão, latente há algum tempo, porém escondida nas coxias e corredores do governo, ganhou novos episódios que confirmam que há fogo sob a fumaça. Além da rebelião do PP, que reclamou sem mostrar as faces de que o governador só tem atendido prioritariamente o PT, o ex-secretário de Cultura, Jorge Portugal, perdeu a queda de braços para o deputado estadual Rosemberg Pinto e acabou “renunciado” do posto – e isso não quer dizer que o trabalho feito pelo professor-cantor fosse excepcional.

 Rui Costa é um homem de partido, ainda que não esteja tão totalmente atrelado à imagem do petismo clássico como Wagner. E, caso ceda mais aos interesses do PT, pode ficar em maus lençóis na relação com os aliados, a exemplo dos progressistas que até possuem uma representação importante no plano político estadual, mas cuja musculatura política ainda fica atrás do PSD. Por enquanto, nas rodas políticas, a reclamação está mais restrita. Caso chegue aos social-democratas, Rui deve começar a se preocupar. Afinal, não apenas de “venha a nós” se reza o Pai Nosso. É preciso também ceder “ao vosso Reino”.