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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pacientes de cirurgia bariátrica voltam a ganhar peso, revela estudo

A cirurgia de redução de estômago é o método mais usado no Brasil para tratamento de obesos com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40. Um grupo de pesquisadores do Departamento de Nutrição da UnB (Universidade de Brasília) acompanhou 80 pacientes que operaram há mais de dois anos e, segundo a nutricionista Fernada Bassan, 73% voltaram a engordar, sendo que 23% tiveram ganho de peso significativo, ou seja, 10% acima do menor peso que atingiram após a cirurgia. "O paciente precisa ter consciência de que só a cirurgia, sem mudança de hábitos alimentares, não vai funcionar", diz. O estudo detectou duas variáveis que contribuem para o ganho de peso após a cirurgia: a má qualidade da alimentação e o tempo passado desde a operação. A cada ano que passa, o ponteiro da balança sobe um pouco mais. "O tempo após o procedimento é diretamente proporcional ao ganho de peso", afirma Bassan. "Isso mostra que mesmo tendo cuidado, a pessoa vai ganhar". Essa operação, chamada de redução bariátrica, usa grampos para isolar boa parte do estômago e cerca de 100 centímetros do intestino delgado. Assim o corpo comporta – e absorve – menos alimento. O processo é irreversível, mas o ganho de peso pode ser favorecido pela ingestão de produtos que não saciam, mas são calóricos, como bebidas alcóolicas e açúcares. Engordando, o paciente também pode sofrer uma dilatação na ligação entre o estômago e o intestino que lhe permite acomodar mais comida. A professora Kênia Baiocchi afirma que uma dieta saudável pode reduzir os efeitos do tempo pós-cirurgia, ainda que não totalmente. "O estudo reforça que a cirurgia é só um facilitador. Há risco de reganho de peso principalmente entre aqueles que não aproveitam o tempo para adotar um estilo de vida mais saudável. Mas a qualidade da dieta não garante emagrecimento. É apenas um amenizador", explica. Perder peso não é o único parâmetro: De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o principal objetivo da cirurgia é melhorar a qualidade de vida do paciente através da compensação de problemas de saúde que o acompanham, chamados de comorbidades, tais como hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides alterados, apneia do sono e doenças cardiovasculares. Portanto, a perda de perdo não é o único parâmetro para avaliar o resulto do tratamento cirúrgico do paciente. Em comunicado, a SBCBM esclareceu também que o aumento de peso no longo prazo dentro de limites é aceitável. Portanto, o reganho de até 10% do peso perdido pode ser considerado normal e faria parte de uma adaptação do organismo ao novo metabolismo resultante da cirurgia. Por fim, a SBCBM recomenda que a cirurgia deva ser realizada dentro de um contexto de programa de tratamento pré e pós-operatório com um atendimento multidisciplinar, com a participação de especialistas como endocrinologista, cardiologista, ortopedista, pneumologista, psicólogo e psiquiatra, além do cirurgião.