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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Viúva acusa filha do milionário da Mega-Sena em julgamento


Após ser interrogada por cerca de cinco horas, Adriana Ferreira de Almeida, acusada de matar o marido --o lavrador e ganhador da Mega-Sena Renné Senna-- disse, no Tribunal do Júri de Rio Bonito (72 km do Rio), que a filha de Senna tinha interesse na morte do pai.
A resposta veio no final do interrogatório quando o júri questionou se ela sabia se havia alguém interessado na morte de Renné. "Com certeza, Renata Almeida Senna", disse.
A audiência desta quinta-feira terminou às 22h10 e recomeça amanhã às 12h com os debates entre acusação e defesa. Este é o quarto dia do julgamento de Adriana.

Adriana afirmou à Justiça que é inocente.

"Não tenho culpa de nada", disse. O crime ocorreu em 2007, em Rio Bonito (RJ), após Renné ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena.
Adriana passou quatro horas sendo interrogada pela Promotoria e chorou por duas vezes ao lembrar que a família do milionário a tratava bem até o assassinato. "Depois todos, todos passaram a me acusar."
"Na época ele me assediava, mas eu tinha acabado de me separar. Não queria nada com ninguém". Os dois se reencontraram no final de 2005, quando passaram a namorar.
Para Adriana, a relação de Renné com a família era uma "bagunça". Ela diz que nunca impediu ninguém de visitá-lo e que foi o próprio lavrador quem se afastou da família.
"O Renné não queria ter contato com a família porque todas as vezes que eles procuravam a gente era para pedir mais. Pediam R$ 100 mil, R$ 200 mil... Nunca estavam satisfeitos", afirmou.
Adriana confirmou o relacionamento Robson Oliveira, que descreveu como de cunho "puramente sexual" e disse ainda que comprou o apartamento em Arraial do Cabo com a autorização de Renné, com quem tinha uma conta conjunta.
Segundo ela, as brigas entre o casal aumentaram muito depois que ele comprou um quadriciclo e passou a sair sozinho, sem seguranças, para os bares da região o que a deixava muito preocupada.
No fim do interrogatório da acusação, a ré foi questionada sobre o motivo de insistir que Renata Almeida, filha do milionário, fizesse um exame de DNA mesmo depois da morte do companheiro. Adriana disse que o pedido era uma forma de realizar um desejo de Renné.
Para a Promotoria, Adriana teria encomendado a morte de Renné após uma briga, no dia 4 de janeiro de 2007 --o milionário foi assassinado no dia 7 de janeiro--, em que ele ameaçou retirá-la do seu testamento.

INTERROGATÓRIO

Antes de Adriana, a amiga dela, Janaína Silva de Oliveira, foi interrogada. Janaína, professora de educação física, é acusada de participar do crime com os policiais militares Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral, o China, interrogados no início da madrugada desta quinta-feira.
Todos negaram qualquer envolvimento na morte do milionário. Os três também estão sendo julgados.

O CASO

Senna foi morto em 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.
Deficiente físico --Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes--, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito. Almeida é apontada como a mandante do crime.
O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato de Senna e pelo crime de furto qualificado.
Em junho o juiz Marcelo Chaves Espíndola, da comarca de Rio Bonito, julgou improcedente o pedido de reconhecimento de união estável entre Almeida e Senna.
Desde a morte de René, a cabeleireira trava uma batalha judicial com Renata Almeida Senna, única filha do milionário, pelos bens deixados pelo ex-lavrador. O pedido de reconhecimento de união estável foi feito pela própria acusada.